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As doenças cardiovasculares continuam a ser uma das principais causas de morte a nível mundial, e Portugal não é exceção. Neste contexto, o papel do cardiologista torna-se crucial na prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Ao longo deste artigo, vamos explorar em profundidade o que faz um cardiologista, quando devemos procurá-lo, quais os exames que podem ser realizados, e de que forma pode contribuir para uma melhor qualidade de vida. Se valoriza a sua saúde cardiovascular, continue a leitura para compreender a importância deste especialista.

O que faz um cardiologista e quando devemos consultar um?

O cardiologista é o médico especialista em doenças do sistema cardiovascular, incluindo o coração, artérias e veias. Este profissional está preparado para lidar com uma vasta gama de patologias, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, arritmias, doença coronária, entre outras. Além disso, tem um papel fundamental na orientação de terapias preventivas e na adoção de estilos de vida saudáveis.

Apesar de o acompanhamento com um cardiologista se tornar muitas vezes mais frequente à medida que envelhecemos, existem diversos sinais de alerta que podem justificar uma consulta, independentemente da idade:

  • Dor no peito ou sensação de aperto (angina);
  • Dificuldade respiratória mesmo em repouso ou após esforço ligeiro;
  • Batimentos cardíacos irregulares ou acelerados (palpitações);
  • Tonturas ou desmaios frequentes;
  • Inchaço nos tornozelos ou aumento repentino de peso;
  • Histórico familiar de doenças cardíacas;
  • Colesterol elevado, diabetes ou hipertensão mal controlada;
  • Desejo de iniciar atividade física intensa sem avaliação médica prévia.

É importante destacar que muitos problemas cardíacos podem desenvolver-se silenciosamente, sem sintomas expressivos até atingirem um estágio avançado. Por isso, a avaliação médica periódica é essencial para detetar precocemente qualquer anomalia.

Exames e abordagens usados pelo cardiologista

O trabalho do cardiologista envolve uma abordagem multidisciplinar, abrangendo desde uma detalhada avaliação clínica até à utilização de exames específicos que ajudam a confirmar diagnósticos e definir estratégias de tratamento. Abaixo listamos alguns dos principais exames realizados por este especialista:

  • Electrocardiograma (ECG): Um dos exames mais comuns, que mede a atividade elétrica do coração. Permite identificar arritmias, enfartes antigos e sobrecargas cardíacas.
  • Ecocardiograma: Utiliza ultrassons para visualizar as estruturas do coração em movimento. Avalia o funcionamento das válvulas cardíacas, o tamanho das cavidades e a força contrátil do coração.
  • Prova de esforço: Também conhecida como teste ergométrico, avalia a resposta cardiovascular ao exercício físico e é utilizada para diagnosticar isquemia (falta de sangue no coração durante o esforço).
  • Holter de 24 horas: Monitoriza continuamente o ritmo cardíaco ao longo de 24 horas para detetar arritmias que possam não ocorrer durante uma consulta de rotina.
  • MAPA (Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial): Mede a tensão arterial várias vezes ao dia e noite para avaliar o controlo da hipertensão.
  • Cateterismo cardíaco: Procedimento invasivo que permite visualizar diretamente as artérias coronárias e medir pressões dentro do coração. Utilizado principalmente no diagnóstico de doença coronária.

Com base nestes exames e na história clínica do paciente, o cardiologista pode definir o tratamento mais adequado. Este pode incluir mudanças no estilo de vida, prescrição de medicamentos, intervenções cirúrgicas ou procedimentos como angioplastias e implante de pacemakers.

Outro aspeto essencial é o aconselhamento sobre fatores de risco modificáveis e a promoção de um estilo de vida saudável. O cardiologista auxilia o doente a:

  • Adotar uma alimentação pobre em sal, gorduras saturadas e açúcares;
  • Praticar exercício físico regular de forma segura e adaptada à condição clínica;
  • Reduzir ou eliminar o consumo de tabaco e álcool;
  • Controlar o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC);
  • Gerir o stress e ansiedade, para reduzir a carga emocional sobre o coração.

Com o envelhecimento da população e o aumento do sedentarismo, doenças como a aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias) e a insuficiência cardíaca estão cada vez mais presentes nas consultas de cardiologia. Além disso, condições metabólicas como a diabetes e a dislipidemia são fatores frequentemente associados ao risco cardiovascular.

Hoje em dia, muitos cardiologistas também atuam em áreas especializadas, como:

  • Cardiologia preventiva – focada na redução de fatores de risco num estádio precoce;
  • Cardiologia intervencionista – que inclui procedimentos como angioplastias e colocação de stents;
  • Arritmologia – dedicada ao diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas complexas;
  • Cardiologia do desporto – acompanhamento de atletas e praticantes de atividade física intensa;
  • Cardiologia pediátrica – voltada para anomalias e doenças cardíacas em crianças.

Independentemente da subespecialidade escolhida, o cardiologista é uma peça-chave na estratégia de cuidados de saúde, contribuindo para um sistema de diagnóstico precoce, tratamento eficaz e prevenção ativa.

Uma das melhores estratégias de saúde pessoal é criar uma relação de continuidade com este profissional, fazendo avaliações periódicas mesmo na ausência de sintomas. Isso permite não só monitorizar o estado do coração, mas também antecipar sinais de deterioração que possam passar despercebidos noutras especialidades.

Além disso, o avanço das tecnologias médicas, como a inteligência artificial aplicada ao diagnóstico por imagem e os dispositivos de monitorização em tempo real, têm permitido aos cardiologistas oferecerem cuidados mais personalizados, precisos e mesmos remotos em determinadas circunstâncias.

Ao reforçar a importância da prevenção e da literacia em saúde cardiovascular, os cardiologistas têm um papel cada vez mais ativo na educação das populações e na construção de uma cultura de autoproteção e vigilância ativa da saúde.

Em conclusão, o cardiologista é um elemento indispensável no panorama da medicina moderna, dada a prevalência das doenças cardiovasculares e as implicações profundas que estas têm na qualidade de vida dos pacientes. Ao longo deste artigo vimos como este especialista atua, os sinais que devem motivar uma consulta e as metodologias disponíveis para garantir diagnósticos precisos e cuidados eficazes. Cuidar da saúde do coração é uma decisão de longo prazo e, com o apoio do cardiologista, é possível viver mais e melhor. Se ainda não consultou este especialista, talvez seja o momento ideal para começar a dar prioridade ao seu bem-estar cardiovascular.

Categories: Portugal

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