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Sinais na pele benignos são alterações cutâneas que, apesar de visíveis, não representam perigo para a saúde. Estes sinais, também conhecidos como lesões cutâneas benignas, incluem verrugas, sinais pigmentados (nevos), fibromas moles, entre outros. São extremamente comuns e podem surgir em qualquer fase da vida, provocados por fatores genéticos, hormonais ou ambientais. Reconhecer estas alterações é fundamental para manter a tranquilidade e evitar alarme desnecessário. No entanto, compreender quando um sinal deve ser avaliado por um dermatologista também é crucial. Neste artigo, exploramos em detalhe os principais tipos de sinais benignos e como diferenciá-los de alterações mais preocupantes.

O que são sinais benignos e como identificá-los?

Os sinais benignos da pele são alterações não cancerígenas que, na grande maioria dos casos, não requerem qualquer tipo de tratamento médico. Ainda assim, conhecer as suas características ajuda a tranquilizar a pessoa e evita confusões com sinais potencialmente perigosos, como o melanoma.

Entre os sinais benignos mais comuns podemos destacar:

  • Nevo melanocítico (sinais pigmentados): São as conhecidas “pintas” que podem ser planas ou elevadas, variando em cor desde o castanho-claro até ao preto. Normalmente têm contornos bem definidos e coloração homogénea. A sua presença é comum desde o nascimento, mas também podem surgir ao longo da vida.
  • Fibromas moles: Pequenas saliências de pele, geralmente do tom da pele ou ligeiramente mais escuras, com textura mole e aparência pendente. Costumam surgir em áreas de fricção, como pescoço, axilas ou virilhas. São totalmente inofensivos.
  • Queratoses seborreicas: Placas ou manchas castanhas escurecidas, secas ou cerosas, que parecem “coladas” à pele. Tornam-se mais frequentes com o envelhecimento e podem aparecer no tronco, rosto ou couro cabeludo.
  • Verrugas: Lesões causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV), com superfície rugosa e localização variável. Apesar de serem contagiosas, são benignas e podem desaparecer, manter-se ou aumentar com o tempo.
  • Angiomas rubi: Pequenos pontos vermelhos brilhantes formados por aglomerados de vasos sanguíneos. Comuns a partir da meia-idade, não apresentam risco à saúde.

Para distinguir um sinal benigno de um potencialmente maligno, é útil seguir a regra do ABCDE, especialmente no caso dos sinais pigmentados:

  • A – Assimetria: Um sinal benigno é, geralmente, simétrico.
  • B – Bordos: Deve ter contornos regulares e bem delimitados.
  • C – Cor: Apresenta uma coloração uniforme.
  • D – Diâmetro: Sinais com menos de 6 mm são, frequentemente, benignos. Porém, este critério não é absoluto.
  • E – Evolução: Qualquer alteração rápida no tamanho, forma ou cor do sinal deve ser avaliada por um especialista.

É importante lembrar que, mesmo sendo benignos, os sinais podem causar desconforto estético ou físico, especialmente se estiverem localizados em áreas de fricção, sendo possível a sua remoção por motivos não médicos.

Cuidados, prevenção e quando procurar um dermatologista

Embora não representem perigo, os sinais na pele devem ser observados regularmente. A autoavaliação periódica é um procedimento simples e eficaz que permite monitorizar alterações e procurar assistência médica atempadamente.

A prevenção do aparecimento de certos tipos de sinais benignos foca-se, sobretudo, nos fatores ambientais e nos cuidados com a pele. Algumas recomendações úteis incluem:

  • Proteção solar adequada: A exposição excessiva ao sol é um dos principais fatores que desencadeiam alterações pigmentares. Usar protetor solar com fator elevado, principalmente nas zonas expostas, é essencial.
  • Hidratação e cuidado com a pele: Manter a pele hidratada e limpa ajuda a preservar a sua vitalidade e pode retardar o aparecimento de alterações relacionadas com a idade.
  • Evitar fricções repetidas: Como algumas lesões como os fibromas surgem por atrito constante, evitar o uso de roupas apertadas e preferir tecidos suaves pode ser benéfico.

Apesar de na maioria dos casos os sinais serem inofensivos, há situações em que a visita ao dermatologista é recomendada:

  • Quando o sinal apresenta alterações recentes em tamanho, forma ou cor.
  • Se houver sangramento espontâneo, coceira persistente ou dor.
  • Em caso de sinais pigmentados com aparência irregular ou que diferem dos restantes (o chamado “ponto negro diferente”).
  • Quando há histórico familiar de melanoma ou outras doenças cutâneas graves.

O dermatologista pode efetuar uma dermatoscopia, exame não-invasivo que permite analisar as características internas da lesão. Em alguns casos, poderá recomendar a remoção do sinal, mesmo sendo benigno, como medida preventiva ou por conveniência estética.

A remoção dos sinais benignos pode ser feita através de técnicas simples, como:

  • Crioterapia: Aplicação de frio extremo (azoto líquido) para destruir a lesão.
  • Laser: Ideal para sinais superficiais ou localizados em zonas sensíveis.
  • Cirurgia excisional: Procedimento rápido com remoção total da lesão sob anestesia local.

A escolha do procedimento depende do tipo, tamanho, localização e objetivo da remoção. É fundamental que qualquer intervenção seja realizada por um profissional qualificado.

Além disso, muitas farmácias e clínicas oferecem hoje exames de rastreio de sinais com tecnologias modernas capazes de detetar alterações suspeitas com elevada precisão. Estes exames devem ser incluídos na rotina de saúde preventiva, especialmente se a pessoa tiver múltiplos sinais ou fatores de risco.

Em suma, enquanto a maioria dos sinais é inofensiva, a vigilância e o conhecimento sobre as suas características são essenciais para manter a saúde da pele.

Os sinais benignos são uma parte comum do nosso corpo e, na grande maioria dos casos, não exigem qualquer preocupação. Saber identificá-los e compreender as suas características é uma forma eficaz de prevenir alarmes desnecessários e garantir o bem-estar dermatológico. A observação frequente da pele, a adoção de hábitos saudáveis de proteção solar e a consulta com um dermatologista em caso de dúvida são ações simples, mas fundamentais. Assim, podemos viver com serenidade e segurança em relação aos sinais da nossa pele, cuidando de nós próprios com a atenção que merecemos.

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